sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sem saber

Me sinto sufocada, com a presença constante de reclamações e com a ausência de ocupação.
Olho para todos os lados em todos os momentos e não encontro a porta de saída, acho que à arrancaram e preencheram o buraco com cimento, pra eu ficar perdida mesmo, parece que funcionou!
É gente opinando de todos os lados, enchendo minha cabeça, dizendo o que é melhor pra mim, o que não é, me dizendo o que é certo e errado. Posso não ser a pessoa mais sensata e responsável do mundo, mas já vivi o bastante para aprender as noções básicas de certo e errado.
Estou sem saber o porque de tantas coisas, não sei o porque de estar em casa, não sei o porque de acordar e dizer bom dia! e não ser retribuída, só vejo gente esbravejando toda hora, me olhando com cara feia, nem vejo direito olharem nos meus olhos.
Já fiz coisas erradas, mas nenhuma digna de tal comportamento dos demais, nenhuma nunca exigiu esse tipo de desaprovação.
Espero um dia poder mudar essa concepção geral a meu respeito, provar que todos sempre imaginaram muito além do que eu já pensei em fazer ou ser.
Hoje estou cansada demais de tudo, tem um nó na minha garganta, que não sai nem que eu beba solvente, ou ácido.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Personalidade

Não vou negar, que vir aqui me faz bem.
Eu me conheço, pelo menos me conhecia... mas sinceramente, atualmente, não sei muito bem se sou aquela pessoa de sempre.
Invés de falar eu fico quieta, e pelo menos nisso continuo a mesma: para aliviar uso lágrimas, não por drama, nem para comover e sim porque é inevitável.
Depois de ouvir eu sinto raiva de mim mesma, por não conseguir falar, não tenho palavras, não sei porque.
Não sei se tudo isso é bom pra mim, estou crescendo? evoluindo? ou perdendo minha essência?
Só não me tire isso!
Quem não pode tirar isso?
Eu mesma, pois até onde eu sei, eu sou dona dos meus atos.
E depois do tempo passar, eu volto aqui e leio tudo, ou quase tudo, e vejo que alguma coisa minha ainda está viva, ainda existe, só não consegue se libertar do meu corpo.
Tento me confortar com o fato de um pouco de mim existir.